Na última semana, a Câmara dos Deputados aprovou o texto que prevê a autonomia do Banco Central. Como o projeto 19/2019 já foi aprovado no Senado, seguirá para sanção presidencial
O relator da proposta, Silvia Costa Filho, afirmou que as principais economias do mundo, como Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Japão, têm bancos centrais autônomos.
Dessa forma, a autonomia do banco central iria proporcionar uma maior independência de seu presidente e seus diretores na condução da política econômica, usando critérios apenas técnicos e monetários que possam contribuir para o crescimento do país.
Apesar de serem nomeados pelo presidente da república, continuam tendo que ser aprovados pela maioria do senado federal, porém sem qualquer dependência política.
De acordo com o economista e vice-presidente da Swot Globa, Marcello Fialho, sem esta interferência, ficará mais fácil a relação com o mercado financeiro, uma vez que irá trazer mais transparência e tranquilidade aos investidores.
“Esta credibilidade por parte dos investidores, além de trazer novos investimentos estrangeiros, gera uma onda de investimentos nacionais face à previsibilidade de continuação da política econômica, proporcionando um maior potencial na geração de empregos e serviços”, explica.
Com isso, segundo ele, o maior beneficiado com esta aprovação é a população, já que a autonomia agregará renda e consumo, visto que estes são os grandes pilares de crescimento econômico de um país.
O projeto também aprovou prazos diferenciados para os mandatos de seu presidente e diretores, onde o primeiro será nomeado no primeiro dia do terceiro ano do mandato do presidente da república, e seus diretores serão nomeados sempre de 2 em 2 no início de cada ano do mandato do presidente da república.
“A expectativa é que, sem influência política, todas as análises sejam 100% técnicas, mas é importante se atentar que o Banco Central autônomo não é o mesmo que um Banco Central independente, porque o presidente da república que nomeia o presidente do BC e os diretores têm o compromisso com os eleitores e País para uma agenda de crescimento. E se o Banco Central não estiver alinhado com essas políticas, isso não vai se concretizar”, pondera o especialista.
Fonte: Contábeis